Ansiedade

Por Khatlyn Profeta

          Ansiedade, uma palavra tão comum nos tempos atuais.
          Muitos apresentam sintomas nervosos, desespero, distúrbios fisiológicos, ou simplesmente redução da capacidade de atuação ou decisão.

          Pode ser tratada, inclusive, como distúrbio psiquiátrico, dependendo de sua intensidade e duração.

          Mas na verdade o que é a ansiedade para aqueles que a vivenciam?
          Não sou médica, psiquiatra ou psicóloga, mas sou uma pessoa ansiosa por natureza, e vivencio em muitos momentos esta sensação, por esta razão resolvi buscar mais sobre o assunto, e desta minha busca compartilho meu pensamento aqui.
          De início, o conceito de ansiedade:
    Segundo o Dicionário Aurélio: “Angústia, aflição, grande inquietude. / Desejo veemente, impaciência, sofreguidão, avidez. / Medicina Estado psíquico acompanhado de excitação ou de inibição, que comporta uma sensação de constrição da garganta.
          Segundo a Wikipédia: “É uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc.”
          O mais interessante dos conceitos, na minha opinião, é o da Wikipédia, e me leva a pensar numa coisa, quantos perigos imaginários passamos no dia a dia que nos leva a passar por essas desconfortáveis sensações?
          A grande maioria destes “perigos” não é efetivamente perigo físico, mas sim o perigo da vergonha, do vexame, do erro, da falta de confiança etc. E se pararmos pra pensar melhor em cada uma dessas sensações, veremos que são só isso: sensações. Nem sempre é algo assim, tão possível, ou tão provável.
          Excluindo-se os casos patológicos, ou os medos irracionais, a grande maioria das sensações de ansiedade podem ser controladas, reduzidas, ou pelo menos, entendidas.
          Muitas coisas na minha vida, me colocam em situações onde a ansiedade se mistura ao cotidiano, principalmente em temporadas de campeonatos e apresentações públicas, e com isso pude vivenciar inúmeras técnicas para reduzir a ansiedade que nos ataca de forma tão avassaladora.
          Um dos meus métodos preferidos é a respiração pausada combinada com distração.
Distração? E não concentração no objetivo? Sim! Percebi que quanto mais eu me distraio e tento esquecer aquilo que me aflige, mas calma eu fico, e maior a possibilidade de dar certo meu intento.
          Mas esta técnica é aplicada somente nos instantes imediatamente anteriores ao acontecimento, que normalmente é uma apresentação, um campeonato etc, e que foi precedido por muitos treinos e aperfeiçoamentos, e se o máximo de mim já foi desenvolvido, o nervosismo de tentar deixar “mais perfeito” não ajuda, só atrapalha.
          Confie em si mesmo e na preparação, se não dá pra confiar, simplesmente relaxe, e deixe acontecer, o sentimento de “o que tiver que ser será” nos tira um enorme peso dos ombros.
     Contudo, se o momento não é de uma performance, é uma viagem, ou um acontecimento desvinculado do nosso controle é exatamente aí que mora a ansiedade: no controle.
          Constatei, também, que o simples fato de entregar o controle pra Deus, nos faz menos ansioso.
          Afinal, como podemos ficar ansiosos, que é sinônimo de preocupados, com algo no qual não temos a menor influência?
          Quase sempre me refiro aos ensinamentos dos meus pais, principalmente aos da minha mãe, que dedicava boa parte do seu dia às conversas durante toda minha vida, e um de seus ensinamentos é que ansiedade é o contrário de confiança e fé, pois como podemos confiar que Deus fará o melhor pra nós, e não descansar nisso?
          Um texto bíblico muito claro nesse ponto é o de Filipenses 4:6:
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.”
          Lendo isso você pode dizer: “Mas eu confio em Deus, acredito que Ele fará o melhor, mas mesmo assim não consigo ficar calmo(a)!”
          Meu conselho para você está em Mateus 6: 34:
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”
          É claro que não significa que você não vá experimentar aquele friozinho na barriga, ou uma repentina aceleração do coração, mas é nesses momentos que você respira, pensa:”Deus me capacita”. ou “Deus está no controle.”, e segue em frente.
          Não deixe o medo e a ansiedade que ele causa, paralisarem você, ou desestruturarem os seus planos, o equilíbrio não é a falta de sensações, mas é saber lidar com cada uma delas para que haja sempre crescimento.
          E caso não dê certo, não fique procurando o culpado, de forma mais tranquila possível, tente corrigir os erros, caso eles existam, e siga em frente, a vida não para.
          Fiquem com Deus.

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